A adaptação para PC (e futuramente para consoles) de Solo Leveling busca encapsular o sonho de poder do caçador mais fraco que se torna o mais forte. Com lançamento previsto para 17 de novembro de 2025 no PC e em 2026 nos consoles, o título da Netmarble Neo surge com ambição: nova jogabilidade, cooperativo para quatro jogadores, progressão mais justa, mas também com o peso de expectativas que são elevadas.
O que muda em relação à versão mobile
Diferente da versão mobile, ao menos segundo os anúncios oficiais, ARISE OVERDRIVE foi concebido como título premium, sem microtransações agressivas de “gacha” ou loot boxes obrigatórias ao que usuários apontam.
Além disso:
Há quatro estilos de combate distintos: Assassin, Duelist, Elementalist e Ruler, cada um com sua árvore de habilidades própria.
Sistema de “Chain Smash” (ou Synchro Chain) promete permitir combos encadeados e mecânicas de parry/dodge para quem busca mais do que apertar botões.
Modo cooperativo para até quatro jogadores em raids/dungeons, o que adiciona desafio e socialização à experiência.
Sistema de progressão com forja de armas (“crafting”), artefatos, e o retorno de armas icônicas do webtoon, como a Venom Fang de Kasaka.
Esses elementos dão a impressão de que o jogo quer conquistar tanto fãs da saga original quanto amantes de ARPGs com maior profundidade.

Alguns pontos positivos se destacam, mas igualmente surgem questões que merecem atenção.
Aspectos positivos
- Os efeitos visuais nas batalhas, as animações de transição (como o despertar do Monarca), e a sensação de “eu sou Jinwoo” funcionam bem. O trailer de seis minutos mostra claramente armas trocadas rapidamente, esquivas ágeis, contra-ataques cinematográficos.
- A cooperação em tempo real é um acréscimo expressivo. Ver uma raid para quatro jogadores num universo que antes era mais centrado no solo dá novo fôlego à franquia.
- A promessa de evolução sem depender exclusivamente da sorte (gacha) melhora o equilíbrio para quem procura jogar por mérito.
Aspectos de atenção / limitações já apontadas
- A comunidade já destacou que algumas mecânicas parecem próximas demais da versão mobile, com sensação de “já vi isso” ou de assets reaproveitados. Por exemplo: “It still feels like something better, not something new.”
- O loop de progressão, seja ao matar monstros, fazer crafting, subir níveis, é algo que começa a mostrar sinais de repetição para jogadores mais exigentes.
- Alguns testes apontam que os menus e a interface, principalmente em adaptação para PC/console, ainda apresentam falhas de ergonomia ou responsividade.
- Embora o combate tenha elementos de técnica (parry, dodge, timing), há o risco de que jogadores muito casuals se sintam perdidos ou desmotivados se o ritmo for muito agressivo.
ARISE OVERDRIVE é como um passo necessário para a franquia, mas não como uma virada completa. Ao selecionar os pontos:
- Ambientação e fidelidade ao original: O jogo cumpre em trazer a aura da webtoon, o sistema “eu me fortaleço”, o protagonista evoluindo, o clima de caça a monstros, isso cria expectativa emocional.
- Jogabilidade: A inclusão de quatro estilos de combate, cooperação e sistemas mais elaborados mostra que o time de desenvolvimento ouviu críticas de versões anteriores. Isso promete.
- Estrutura de monetização e progressão: A decisão de se afastar do gacha pesado é um acerto em termos de reputação e para fisgar jogadores que evitam “free-to-play agressivo”.
- As ressalvas: O risco de repetição, falta de inovação profunda, ou sensação de “versão melhorada, mas ainda conhecida” está presente. Para se destacar, vai precisar garantir longevidade e conteúdo variado.
Em resumo: se você for fã da franquia, ou curte ARPGs cooperativos, ARISE OVERDRIVE merece atenção. Agora, se você procura algo totalmente revolucionário ou está cansado de fórmulas similares, talvez espere por reviews finais e suporte pós-lançamento.
Para o lançamento, a expectativa de todos está alta, porém com um leve tom de cautela. A promessa é sólida, mas a execução final (ausência de bugs, diversidade de conteúdo, ritmo bem calibrado) vai definir se o jogo se tornará memorável ou só mais um no gênero.
